ESG, capitalismo de stakeholder e o impacto nas redes

Não é novidade que muitas empresas buscam atuar com responsabilidade social e ambiental, valorizando também a adoção de práticas justas e transparentes na administração interna. O que pode surpreender alguns é que esse posicionamento tem nome: ESG. ESG é uma sigla que, em inglês, significa environmental social e governance. Ela define um conjunto de práticas e métricas para que empresas mitiguem seu impacto ambiental, atuem com transparência e contribuam para a construção de um mundo mais justo.

Por exemplo, empresas que seguem práticas ESG atuam na gestão sustentável de resíduos, controlam a emissão de carbono, prezam pela diversidade de suas equipes, respeitam as leis trabalhistas e adotam mecanismos internos de compliance, entre outras possíveis combinações de ações. Sob os títulos de “ambiental”, “social”, e “governança”, empresas implementam medidas que refletem seus valores e têm impacto real em seu entorno.

O conhecimento geral sobre as práticas ESG aumentou no Brasil. Como mostra o Gráfico abaixo, as buscas no Google pela sigla seguem tendência de crescimento desde 2020. Seja para a decisão de investir, seja para a decisão de consumir, a atuação responsável das empresas é uma informação que os brasileiros têm buscado cada vez mais.

O aumento do interesse pelas práticas ESG é resultado de duas tendências já delineadas no meio corporativo. Em primeiro lugar, é sabido que uma parte crescente da população tem vinculado suas decisões de consumo aos valores e à atuação responsável de marcas e empresas. Em segundo lugar, nota-se que fundos e pequenos investidores têm optado por direcionar aportes a empresas que adotam práticas ESG.

Por essas razões, ESG não é apenas uma estratégia de mitigação de impacto, mas uma forma de atrair bons resultados financeiros e maior rentabilidade a longo prazo.

A análise do debate sobre ESG nas redes sociais brasileiras traz informações relevantes sobre o desenvolvimento do tema. Entre os dias 2 de maio e 2 de junho de 2021, a plataforma de Social Listening da A_Estratégia monitorou o uso de termos relacionados a ESG em três redes sociais: Twitter, Youtube e Facebook. Nesse período, o número total de publicações únicas (volume) foi 2.462, com um alcance potencial de 41 milhões de pessoas. A rede social que concentrou as manifestações foi o Twitter, com 75,79% do total de publicações. O Youtube aparece em segundo lugar, com 16,25%, seguido do Facebook, com 7,92% das publicações.

O interesse por práticas ESG nas redes sociais brasileiras tem sido puxado principalmente pelas publicações de grandes veículos de imprensa, como Exame, O Globo, Folha de São Paulo e Estadão. Para além dos veículos de imprensa, os principais influenciadores desse debate são os próprios perfis das empresas, que em maioria buscam divulgar iniciativas de responsabilidade corporativa.

Ao movimentarem o debate sobre práticas ESG nas redes sociais, perfis influentes contribuem para aumentar o conhecimento dos consumidores sobre o tema. Desse modo, cria-se um ciclo virtuoso em que práticas de responsabilidade corporativa são debatidas, difundidas e incentivadas nas redes sociais brasileiras. Nesse contexto, a adoção de práticas ESG por empresas de diferentes ramos se mostra uma estratégia promissora para corresponder às expectativas de stakeholders: não só investidores, mas também consumidores.

Sobre A_Estratégia

Por meio de Social Listening, ajudamos os nossos clientes a compreender o mundo ao seu redor, amplificando as conversas e os temas em pauta no ambiente digital para identificar insights, oportunidades e tendências. 

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